setembro 30, 2014

Educação Física de preconceitos

A Educação Física, infelizmente, tem enraizada na sua prática diária a cultura do preconceito. Ela utiliza o corpo como meio de educação, e então as diferenças físicas e emocionais individuais tomam uma dimensão gigantesca dentro do ambiente escolar. Não bastando a prática motora evidenciando as diferenças elas são, muitas vezes, ressaltadas por comentários, críticas, humilhações entre colegas e a exclusão da prática.
É a desigualdade de gênero, desigualdade racial, a exclusão dos alunos com necessidades especiais... São várias as manifestações do preconceito.
Se queremos um mundo mais justo, devemos como educadores, nos dispormos a trabalhar para isso. E quando educamos as crianças, provavelmente, não precisaremos punir os adultos

Segue abaixo alguns anexos com a intenção de promover a reflexão, pois é incoerente tentar conscientizar os outros de que todos são iguais, se nem mesmo a gente pensa dessa forma.
                                                                            

setembro 09, 2014

Por que uma pedagogia de multiletramentos?



Vivemos em uma sociedade cada vez mais visual, imagem e palavra mantêm uma relação integrada. O conceito de letramento se dá pela interação das pessoas na sociedade de acordo com sua necessidade de comunicação. Atualmente, uma pessoa letrada não se limita apenas em desenvolver habilidades de leitura e escrita, mas deve ser alguém capaz de atribuir sentidos a mensagens de múltiplas fontes de linguagem, bem como ser capaz de produzir novas mensagens, incorporando essas diversas formas de linguagem. O letramento visual está relacionado com a organização social das comunidades e com a organização dos gêneros textuais; um texto pode conter uma junção de gêneros, como por exemplo, um texto publicitário pode exibir palavras, imagens e até mesmo sons, dependendo do meio no qual circula, é a orquestração de gêneros de comunicação que surpreendem o leitor, com a intenção de convencê-lo de algo, agradando-o ou não. 
As práticas de letramento estão ligadas indissoluvelmente à cultura e ao poder que a sociedade tem, de reconhecer a variedade de práticas culturais associadas à leitura em diferentes contextos. Não podemos deixar de reconhecer o óbvio, o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação estão presentes no ambiente escolar, uma conversa pelo chat do Facebook ou pelo Whatsapp, por exemplo, também são formas de letramento tanto quanto uma reportagem, um documentário, um teatro, todos são formas de interação social por meio das quais os indivíduos se comunicam. Essas mudanças fazem ver a escola de hoje como um universo onde convivem letramentos múltiplos e muito diferenciados, cotidianos e institucionais.
Diferentemente do conceito de letramento, que aponta para a multiplicidade e variedade de práticas letradas, o conceito de multiletramento aponta para dois tipos importantes de multiplicidade presentes em nossas sociedades, principalmente urbanas, na contemporaneidade: a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica (práticas de linguagem) de constituição dos textos por meio dos quais o indivíduo se informa e se comunica. Os textos compostos de muitas linguagens (semioses) exigem capacidades e práticas de compreensão e produção de cada uma delas para ter significado, é o que chamamos de multiletramentos, que se caracterizam por serem interativos e colaborativos, fraturam e transgridem relações, sendo híbridos, fronteiriços e mestiços.
Para podermos inserir os multiletramentos no meio escolar, precisamos pensar um pouco em como as novas tecnologias da informação podem transformar os hábitos institucionais e passarem a ensinar e aprender, em vez de proibirmos o celular em sala de aula, podemos usá-lo como instrumento de pesquisa, comunicação, navegação, como ferramenta para pequenas filmagens, gravações ou fotografias. Conforme Lemke (1994) há dois paradigmas de aprendizagem e educação em disputa em nossa sociedade, e as novas tecnologias irão, acredito, mudar o equilíbrio entre eles significativamente. O primeiro, denomina-se “paradigma de aprendizagem curricular: aquele que assume que alguém decidirá o que você precisa saber e planejará para que você aprenda tudo em uma ordem fixa e um cronograma fixo”. O segundo, é o “paradigma da aprendizagem interativa”.
Queremos formar pessoas que sejam um pouco críticas e céticas quanto à mera recepção de informações. É preciso que tenhamos uma aprendizagem interativa, o ouvinte deixa de ser apenas um receptor de informações, deixa de ter uma compreensão passiva, e passa a ter uma compreensão responsiva ativa, nesse momento o receptor torna-se locutor expondo seu ponto de vista, seus prós e contras sobre determinado fato.

Temos a partir disso um trabalho que a escola pode tomar para si, que é discutir as “éticas” ou costumes locais, construir uma ética plural e democrática, desenvolvendo o letramento crítico em sala de aula. Resumidamente, trata-se de formar um usuário multifuncional que tivesse capacidade técnica de ”saber fazer” para “saber-ser”. Os alunos transformam-se em criadores de sentido, que sabem interpretar diferentes gêneros textuais dentro de um único texto, e ao mesmo tempo têm a capacidade de produzir novos textos a partir desse processo dialógico.

Maritana Corazza
Aluna de Pós Graduação em Língua Portuguesa: Novos Horizontes Teóricos e Práticos - UPF



Jogos e brinquedos pedagógicos feitos com sucata.

No processo de ensino aprendizagem os jogos tem duas funções; uma lúdica e outra educacional, sendo que ambas andam de mãos dadas. Não há jogo sem objetivo, e nele pode-se conter muita imaginação, flexibilização de regras e criatividade.
O jogo e o brinquedo artesanal não só despertam a consciência ambiental e social, como também levam a criança para um mundo muito intimista, onde construir seu próprio brinquedo dá a ela segurança para expor sua personalidade e suas características.
Utilizar a sucata como meio pedagógico é portanto muito acessível e cheia de significado. No entanto, é importante lembrar que não é com qualquer material descartável que a criança pode brincar, além disso, é necessário que esse material esteja limpo, organizado e não ofereça perigo.


*Trabalho realizado pelo terceiro ano do Curso Normal no Instituto Estadual de Educação Cruzeiro do Sul Oniva de Moura Brizola. Dentro da disciplina de Didática da Educação Física.

setembro 03, 2014

Filme aborda o brincar como forma de expressão



Onde está nosso espírito lúdico? Qual o lugar do brincar nas nossas vidas?

Os remédios tarja preta parecem ser a cura imediata para ansiedade, insegurança, medo e depressão. Mas o que aconteceria se colocássemos uma dose de tarja branca no nosso dia a dia?

Por meio de reflexões de adultos de gerações, origens e profissões diferentes, TARJA BRANCA, dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes, explora o conceito de "espírito lúdico", tão fundamental à natureza humana, e sobre como o ser humano contemporâneo se relaciona com ele.

DIREÇÃO | Cacau Rhoden
PRODUZIDO POR | Estela Renner, Luana Lobo e Marcos Nisti

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO | Juliana Borges
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | Janice D'Ávila
MONTAGEM E FINALIZAÇÃO | André Finotti
PRODUÇÃO MUSICAL | André Caccia Bava
DESENHO DE SOM | Miriam Biderman
ARGUMENTO | Cacau Rhoden, Estela Renner e Marcos Nisti
ROTEIRO | Marcelo Negri